A ex-senadora Marina Silva (Rede) anunciou na segunda-feira (22) o ‘voto crítico’ a Fernando Haddad (PT) na disputa contra Jair Bolsonaro (PSL) pela Presidência da República no segundo turno. Em comunicado, ela afirma que o candidato do PSL representa um “risco iminente” para o país.
Apesar da declaração de voto em Haddad, Marina diz que fará “oposição democrática” ao petista, que “‘pelo menos’ e ainda bem, não prega a extinção dos direitos dos índios, a discriminação das minorias, a repressão aos movimentos, o aviltamento ainda maior das mulheres, negros e pobres, o fim da base legal e das estruturas da proteção ambiental”, diz o texto.
No comunicado, ela faz críticas ao PT e diz que os governos comandados pelo partido provocaram “graves prejuízos causados pela sua prática política predatória, sustentada pela falta de ética e pela corrupção”. “Os dirigentes petistas construíram um projeto de poder pelo poder, pouco afeito à alternância democrática e sempre autocomplacente: as realizações são infladas, não há erros, não há o que mudar”, relata.
Marina disputou o primeiro turno da eleição para Presidência da República e foi a oitava mais votada. Ela admite que sua manifestação é apenas “simbólica”. “Sei que, com apenas 1% de votação no primeiro turno, a importância de minha manifestação, numa lógica eleitoral restrita, é puramente simbólica”, escreveu. Além de Bolsonaro e Haddad, ela também ficou atrás de Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), João Amoêdo (Novo), Cabo Daciolo (Patri) e Henrique Meirelles (MDB).