Vendido para o Palmeiras por cerca de R$ 14,5 milhões, o meio-campista Zé Rafael concedeu, nesta sexta-feira (30), sua última entrevista coletiva como jogador do Bahia, na Arena Fonte Nova. Após os agradecimentos do vice-presidente, Vitor Ferraz, em nome do clube, foi a vez do jogador fazer sua despedida do Esquadrão de Aço. O atleta despertou o interesse do Tricolor após fazer boa partida e garantir o triunfo do Joinville em plena Arena Fonte Nova pela Série B do Brasileiro em 2016. E avaliou positivamente sua passagem pelo Fazendão.
“Confesso que não imaginava. A nossa vida reserva algumas surpresas e o Bahia foi uma dessas surpresas maravilhosas. Quem diria que depois daquele jogo, eu ia começar uma história que ficaria marcada na trajetória da minha vida. Eu tenho que agradecer muito à todos que acreditaram inicialmente em mim. Fico muito feliz em ter iniciado essa trajetória em 2017, ano seguinte daquele jogo na Arena Fonte Nova”, afirmou. “Muito positiva. Cheguei aqui contestado por muita gente, ninguém sabia quem era Zé Rafael e o que poderia render ao clube. Cheguei com os pés nos chão e trabalhei sempre de maneira correta e dura para atingir meus objetivos. Fui ganhando o meu espaço. As coisas aconteceram até de forma rápida”, analisou.
Em 128 jogos disputados, Zé Rafael marcou 18 gols nas duas temporadas com a camisa do Bahia. Ele destacou os tentos marcados contra o Vasco, pela Copa do Brasil, e também, diante do arquirrival do Tricolor, o Vitória.
“Eu fiz alguns gols bonitos esse ano aqui. Teve um contra o Vasco na Copa do Brasil que a bola sobra para mim e, de fora da área, eu coloco no ângulo. O do Vice (risos), acho que não pode ficar fora. O jogo para nós era importantíssimo naquele momento do Campeonato Brasileiro. Era um jogo difícil. Acho que foi um golaço e também ficou marcado. Foram gols importantes, mas eu queria ter feito gols mais expressivos com título. Eu fiz um no ano passado na final da Copa do Nordeste, lá em Recife, mas o juiz anulou de forma equivocada. Mas eu saio daqui feliz, com tudo que eu apresentei. Queria ter feito mais gols, lógico. Mas acho que está de bom tamanho e se não fiz gol, pelo menos dei meu máximo, briguei, lutei e dei meu melhor para ajudar meus companheiros e o Bahia”, declarou.
Zé Rafael ainda comentou os problemas que teve com alguns torcedores do Bahia ao longo desses dois anos. Porém, ele minimizou os conflitos e disse que deixa o clube de cabeça erguida pelo que fez ao longo desses dois anos.
“Eu tive alguns pequenos problemas. Acho que faz parte do futebol. Tive uma fase complicada. Tudo que acontecia no Bahia era culpa do Zé Rafael. Eu aceitei uma parte disso e quando achei que não era culpa só minha, eu me defendi. Mas acredito que faz parte do Futebol. Nem Jesus agradou todo mundo, imagina Zé Rafael. Fiz alguns jogos memoráveis e fico muito feliz de sair de uma forma muito expressiva. Saio de cabeça erguida e feliz por ter feito parte do Bahia”, disse. “Saio pela porta da frente”, completou.