Torcedor do Sport e cão são agredidos por pessoas com camisas do Náutico após final de campeonato

Um torcedor do Sport e o cão de estimação dele foram agredidos após a final do Campeonato Pernambucano, na Ilha do Retiro, na Zona Oeste do Recife, no do domingo (21). Com ferimentos no rosto, Kléberson Monteiro da Silva, de 29 anos, afirmou que a violência foi praticada por pessoas que estavam com camisas do Náutico, perto de uma praça, na área central da capital.

A Polícia Militar informou, por meio de nota, que foi acionada para atuar em um caso envolvendo torcedores do Náutico e do Sport, na Praça Miguel de Cervantes, na Ilha do Leite, na área central da cidade. A PM disse, ainda, que levou Kléberson para o Hospital da Restauração (HR), no Derby, também na área central do Recife, e que os agressores fugiram.

Em entrevista à TV Globo, O jovem disse que foi agredido por pelo menos 15 pessoas, entre homens e mulheres, que entoavam gritos de guerra do time adversário. O espancamento, segundo ele, aconteceu poucos minutos depois de o Sport ser campeão estadual.

Kléberson contou que deixou o Estádio da Ilha do Retiro antes do início das cobranças de pênaltis, que definiram o campeonato. Ele estava com o cão de estimação, Colher de Pau, que o acompanha aos jogos de futebol.

O rapaz disse que vestia uma faixa de campeão e carregava uma bandeira do Sport. Ele afirmou que foi para um bar, tomou cerveja e esperou o resultado da partida, acompanhada por meio de um rádio de um amigo.

O rapaz disse que percorreu a Rua do Paissandu, no bairro de mesmo nome, em direção ao Centro do Recife. Ele lembrou que os torcedores da equipe adversária chegaram correndo, quando ele passava perto de um hospital.

“ Nem vi como eles chegaram. Foi muito rápido. Sei que tinha uma mulher e muitos homens me chutando. O cachorro também levou chutes e está mancando. Ele tentou morder uma menina”, declarou.

O torcedor afirmou, ainda, que correu até a Praça Miguel de Cervantes, no bairro da Ilha do leite, que fica perto do local onde aconteceu a abordagem. “Fiquei caído lá, todo ensanguentado. Um segurança de um posto me ajudou. O cachorro ficou comigo, deitado”, contou.

Kléberson afirmou que nunca tinha sofrido uma agressão motivada por rivalidade entre torcidas. “Só vou para jogo para me divertir”, afirmou.

Procurada pelo G1, a Polícia Civil informou que não registrou a agressão contra Kléberson Silva.