As chuvas que caem em Paulo Afonso têm deixado a Vigilância Epidemiológica em alerta. As águas amenizam a temperatura, mas provocam a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, causador da dengue, chicungunha e zica, doenças que cresceram bastante na Bahia nos últimos dois meses.
Diante da realidade, o órgão alerta à população para redobrar os cuidados com a água parada. A gerente da Vigilância Epidemiológica, Carla Aragão, explica que houve uma mudança no período dos casos de dengue, tendo em vista que a maioria acontecia com as chuvas de verão. “A dengue veio com as chuvas de inverno, então é preciso ter cuidado redobrado com o acúmulo de água de forma inadequada”, ressalta. Carla explica que apesar do aumento do número de casos, não há surto no município.
Ela reforça que a participação da população é imprescindível, especialmente em seguir o que é orientado pela equipe da Zoonoses. “Os agentes de endemias passam pelas residências e orientam a população sobre os cuidados que devem ter para que não haja criatórios dos mosquitos, porém muitos deles não seguem o que foi ensinado, então isso contribui para que haja uma manifestação e assim surjam novos casos. É preciso cuidar dos quintais, alertar os vizinhos e tomar consciência do grande mal que o aedes causa”, diz Carla.
Para o combate ao mosquito, a Prefeitura de Paulo Afonso realiza constantemente inspeções domiciliares e nos pontos estratégicos, que são os de maior risco, como cemitérios, ferros velhos, oficinas, ente outros, onde há possibilidade de maior acúmulo de água. Além disso, a equipe da Zoonoses está em campo alertando a comunidade para os cuidados, com inspeção e borrifação.
A gerente enfatiza que em caso de contaminação, o paciente deve se dirigir à Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência para realização de exames e iniciar o tratamento. Em seguida, os profissionais de saúde precisam comunicar a ocorrência para a equipe Epidemiológica, para que o fato seja registrado e o local isolado.
A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular o líquido em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.