Paulo Afonso: Mutirão de combate ao aedes aegypti no BTN visita duas mil residências

O mutirão foi coordenado pela Vigilância Epidemiológica e, de acordo com a gerente da pasta, Carla Aragão, o bairro foi escolhido por apresentar maiores casos de dengue

Durante dois dias, uma força-tarefa realizada Bairro Tancredo Neves visitou cerca de duas mil residências. O objetivo da ação foi de conscientizar a população sobre o aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya  e febre amarela e identificar focos do mosquito. 

A ação, realizada pela Prefeitura de Paulo Afonso em parceria com a 1ª Companhia de Infantaria e Embasa, reuniu cerca de 200 pessoas que realizaram visitas no BTN 2 e 3. “Tivemos o apoio das Secretarias de Meio Ambiente e Infraestrutura, que disponibilizaram equipes para que a ação fosse desenvolvida. O nosso propósito é o combate à proliferação desse mosquito. Peço a conscientização da sociedade para que faça sua parte e, só assim, vamos conseguir acabar com a incidência dessas doenças”, afirma o secretário de Saúde, Ivaldo Sales Júnior. 

O mutirão foi coordenado pela Vigilância Epidemiológica. De acordo com a gerente da pasta, Carla Aragão, o BTN foi escolhido por apresentar maiores casos de dengue. Ela ressalta que a equipe vistoriou cerca de duas mil residências, detectando algum criatório e prevenindo a comunidade, tendo em vista que alguns recipientes para acúmulo de água não são notados como possíveis lugares para proliferação do mosquito.

“Solicitamos que os moradores retirem os lixos das suas casas e quintais para que fossem recolhidos porque qualquer depósito pode servir como criatório. Trabalhamos com agentes de limpeza urbana fazendo a remoção desses depósitos, com os agentes de endemias que fizeram a inspeção domiciliar e o bloqueio, nossa equipe de educação em saúde fazendo as orientações, com 1ª Companhia de Infantaria, Embasa e secretarias que fizeram essa grande ação”, ressalta.

Ela ainda explica que 90% dos criadouros do aedes aegypt são oriundos das residências. “Na grande maioria das vezes observamos o armazenamento de água inadequado, caixas d´águas descobertas, até mesmo o lixo, que pode ter alguma coisa que posa acumular água e é um potencial criadouro. Até em potes de comida do cachorro, locais que as pessoas não percebem que podem servir para o mosquito se reproduzir”, observa.

A gerente reforça que a participação da população no combate ao mosquito é imprescindível, especialmente em seguir o que é orientado pela equipe da Zoonoses. “Os agentes de endemias passam pelas residências e orientam a população sobre os cuidados que devem ter para que não haja criatórios dos mosquitos, porém muitos deles não seguem o que foi ensinado, então isso contribui para que haja uma manifestação e assim surjam novos casos. É preciso cuidar dos quintais, alertar os vizinhos e tomar consciência do grande mal que o aedes causa”, diz Carla.