A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz que ficou indignado com a decisão da Justiça Federal do Paraná de transferi-lo da carceragem da Polícia Federal de Curitiba para o presídio de Tremembé, no interior de São Paulo. Horas depois, contudo, o advogado Manoel Caetano afirmou que o petista recebeu com serenidade a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que determinou que ele seja mantido no Paraná.
Caetano esteve com ele na tarde de ontem (07), enquanto Lula aguardava por uma transferência que nunca ocorreu. O advogado deixou a cela do petista cerca de meia hora depois de o Supremo suspender a transferência.
Ao sair da Superintendência da PF em Curitiba, o advogado falou sobre a reação do ex-presidente. “Ele estava indignado [com a transferência]. Recebeu a notícia do Supremo com serenidade.”
Para Caetano, o STF corrigiu uma injustiça que estava prestes a ser feita com o ex-presidente. Segundo o advogado, Lula não deve ficar preso numa cela comum. “O STF acabou fazendo justiça e corrigindo um equívoco da Justiça Federal do Paraná. A decisão [que determinou a transferência] era injusta e ilegal, como reconheceu o Supremo.”
Caetano ressaltou que a vitória de Lula hoje é parcial. A defesa do ex-presidente defende que ele seja libertado imediatamente por considerar sua condenação injusta.
O advogado de Lula disse que ele espera que seu caso seja analisado o quanto antes pelo Supremo. “Ele já disse várias vezes em entrevistas que acredita no Supremo.”
Além dessa ação, o ex-presidente é réu em outros sete processos que tramitam tanto na Justiça Federal do Paraná como no Distrito Federal e em São Paulo. O ex-presidente também já foi condenado, em fevereiro desse ano, a 12 anos e 11 meses de prisão no caso do sítio de Atibaia (SP). Ele recorre ao TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).