A atriz Fernanda Montenegro atacou o governo de Jair Bolsonaro e criticou a nova direção da Agência Nacional do Cinema (Ancine), durante o Festival do Rio de cinema, em entrevista à Revista Quem. Para a veterana, de 90 anos, a escolha do presidente para comandar a agência que decidiu retirar os cartazes de históricos filmes brasileiros da parede da instituição, é “assassina”.
“Se eles pudessem, estaríamos todos num paredão e eles atirando em nós com metralhadoras”, declarou Fernanda Montenegro.
A atriz comparou o período atual com a ditadura militar (1964 – 1985), quando a produção cultural brasileira era censurada pelo regime. “Nós somos imorredouros. Nós sobrevivemos uma vez. Desta vez, é uma forma assassina”, afirmou Fernanda Montenegro.
Fernanda Montenegro também criticou o discurso religioso do presidente para atacar a cultura. “É difícil. Sem cultura não há educação e sem educação não há cultura. Eu não entendo o que está acontecendo com este país, com tantos xingamentos. Não há explicação. É uma nova moralidade que condena qualquer estrutura contrária ao seu Deus”, concluiu