Paulo Afonso, cidade dos Esportes Radicais

Paulo Afonso é aquela cidadezinha onde o grande programa é visitar as usinas da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco, certo? Errado. Tudo bem, Paulo Afonso também é isso. Mas esse município-chave do panorama energético no Nordeste é mais.

Com os cânions, pontes e quedas-d`água que ficaram expostos à medida em que a Chesf foi desviando o curso do rio, a geografia antes encoberta pelo São Francisco se exibiu e Paulo Afonso virou uma das mecas do esporte e do turismo de aventura brasileiros. Corredores montanhosos têm atraído cada vez mais gente atrás dos prazeres de explorar a verticalidade nesse pedaço do sertão baiano.

RadicaisUm desavisado pode ficar surpreso se, na prainha de água doce da ilha de Paulo Afonso (com o desvio do rio, a cidade foi cercada pelo São Francisco, por volta de 1980), avistar alguém aterrissando de bote na água. Esse lugar é um dos pontos para o Fly Boat, um esporte radicalíssimo que consiste em saltar de pára-quedas com um pequeno bote.

Atletas e turistas ousados (sim, não é preciso ter experiência prévia para ‘testar’ Paulo Afonso) se dividem nas mais diversas e adrenalizantes atividades. Descida de paredes rochosas, pontes ou cachoeiras e travessias aéreas sobre o rio são comuns o ano inteiro. Contudo, a cidade radicaliza ainda mais: outros esportes aparecem no panorama.

Dez mil turistas e 300 desportistas costumam se mandar para lá, atrás do Eco Esportes, um festival-campeonato de esportes radicais. Motocross, base-jump – um pulo de pára-quedas realizado de pontes ou outros pontos –, asas-deltas motorizadas, dentre vários, podem ser vistos ao lado das atividades de rotina.

O maior salto de bungee jump do Brasil, por exemplo, ali é mais uma atividade costumeira: de janeiro a janeiro, pode-se experimentar o salto nos 85 metros que separam a Ponte Metálica de Paulo Afonso do ‘Velho Chico’. Não precisa, portanto, esperar maio chegar.

Fonte: www2.uol.com.br