Assassinato de mulheres: é dever de todos estarem alerta para o feminicídio, pois mais armas significa, novas mortes

Sábado dia 15/02, completou um ano do decreto assinado pelo Presidente Jair Bolsonaro, flexibilizando a posse de armas no Brasil. Naquela ocasião o alerta foi dado: As mulheres serão as maiores vítimas. Um revólver na mão potencializa os riscos de um marido agressor elevar, ainda mais, os já altíssimos índices de assassinatos no ambiente doméstico.

Os números oficiais ainda não foram divulgados. Mas quem atua na proteção e no acolhimento de vítimas de violência doméstica confirma que: depois da flexibilização da posse de armas, tem aumentado e muito a violência contra as mulheres.

Um cenário que assusta quem atua diretamente com vítimas de violência. É como se houvesse uma banalização e isso está vindo de forma mais acelerada. Existe um silencio que perdura pelo medo. A vítima de violência não denuncia porque ela não acredita na denúncia e não acredita na medida protetiva.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), somos o quinto País que mais mata mulheres no mundo. Mesmo com leis protegendo as vítimas e punindo agressores. Os índices permanecem alarmantes. Porque não é só uma questão de punir, mas também de educar esse homem, desde cedo, a não enxergar a mulher como um objeto, um corpo cuja propriedade é dele. É preciso proteger, apoiar essa vítima de violência doméstica.

Há um padrão nas mortes por feminicídio. Elas começam com pequenos abusos, sinais sutis de descontrole emocional, que, não raro, vão avançando ate explodir na agressão total e violenta contra o corpo dessa mulher.

Porque não é fácil interromper um relacionamento abusivo. Tornando assim uma combinação fatal, o sentimento de posse do marido, disfarçado pelo que se costuma chamar de ciúmes, com violência, arma e morte.  

 

JOSÉ LUIZ NETO. É advogado Do Escritório

Luiz Neto Advogados Associados

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