A atriz Regina Duarte e a Globo encerraram de comum acordo a relação contratual de mais de 50 anos. A atriz aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro e vai comandar a Secretaria Especial de Cultura. A emissora e a atriz não divulgaram detalhes do acerto feito.
“Deixar a TV Globo é como deixar a casa paterna. Aqui recebi carinho, ensinamentos e tive a oportunidade de interpretar personagens extraordinárias, reveladoras do DNA da mulher brasileira. Por mais de 50 anos sinto que pude viver, com a grande maioria do povo brasileiro, um caso de amor que, agora sei, é para sempre”, afirmou Regina.
A secretaria que ela assume tem as atividades do antigo Ministério da Cultura, extinto por Bolsonaro, e faz parte hoje do Ministério do Turismo.
O ministro Marcelo Álvaro Antônio afirmou este mês que Regina tomaria posse de dez a quinze dias depois do Carnaval acabar.
A atriz anunciou em 29 de janeiro que aceitou o convite de Bolsonaro. O antecessor, Roberto Alvim, foi demitido em 17 de janeiro por conta de um vídeo com forte conotação nazista e frases semelhantes às de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler.
Carreira na Globo
Regina estreou na emissora com a novela “Véu de Noiva”, em 1969. Desde então participou de outras 31 novelas, com grandes sucessos como “Selva de Pedra”, de 1972, “Guerra dos Sexos”, de 1983, e “Roque Santeiro”, de 1985.
Ficou conhecida como “Namoradinha do Brasil” por conta dos seus papéis de mocinha. Também interpretou o ícone de emancipação feminina, com “Malu Mulher”, já no final dos anos 70. A atriz também ficou marcada por viver 3 vezes Helenas de Manuel Carlos – em “História de Amor” (1995), “Por Amor” (1997) e “Páginas da Vida” (2006).
Regina teve também participações em oito casos especiais e várias séries e minisséries da Globo. Seu último trabalho na emissora foi em 2017, “Tempo de Amar”.