Bahia registra 24 casos suspeitos de coronavírus, diz Sesab; 15 deles foram excluídos

A Bahia registrou 24 casos suspeitos de Covid-19 (coronavírus) até as 17h desta sexta-feira (28). A informação foi divulgada através de uma nota conjunta das Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e Secretaria Municipal de Saúde de Salvador.

Conforme a Sesab, os casos notificados com suspeita clínica de infecção pelo novo coronavírus ocorreram nos seguintes municípios: Camaçari (2), Jequié (1), Tucano (1), Itabuna (4), Jacaraci (1), Salvador (14) e Feira de Santana (1). Os casos só são oficialmente reconhecidos como suspeitos após confirmação do Ministério da Saúde, o que ainda não ocorreu.

A secretaria informou que estão em análise laboratorial as amostras de cinco pacientes. Foram descartados laboratorialmente os demais casos.

Por conta dos casos notificados da doença, a Arquidiocese de Salvador emitiu, nesta sexta-feira, um comunicado com recomendações aos membros das igrejas católicas para evitar a difusão do coronavírus. Em nota, a Arquidiocese recomendou:

Omitir o abraço da Paz

Pedir aos fiéis para não darem as mãos na oração do Pai Nosso

Distribuir a comunhão na mão – o comungante levará a hóstia sagrada à boca diante do ministro que a distribui

Estar atentos às orientações das autoridades e profissionais de Saúde.

A Sesab já havia informado que os casos suspeitos são listados em um Banco Oficial do Ministério da Saúde. A previsão é de que o banco seja atualizado diariamente às 12h. A atualização ainda não havia sido realizada até a publicação desta reportagem.

A pasta alertou que o paciente com diagnóstico positivo para o novo coronavírus pode ter a doença em grau leve, moderado ou grave. A depender da situação clínica, pode ser atendido em unidades primárias de atenção básica, unidades secundárias ou precisar de internação. Mesmo definindo unidades de referência, não significa que ele só pode ser atendido em hospital.

Os casos graves devem ser encaminhados a um Hospital de Referência para isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas medidas de precaução domiciliar.

Segundo o Ministério da Saúde, para um caso ser considerado suspeito, é necessário:

Situação 1: Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E histórico de viagem para área com transmissão local, de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; OU

Situação 2: Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E histórico de contato próximo de caso suspeito para o coronavírus (COVID-19), nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; OU

Situação 3: Febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E contato próximo de caso confirmado de coronavírus (COVID-19) em laboratório, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.

Os países considerados área de transmissão são: Japão, Itália, Alemanha, Austrália, Emirados Árabes, Filipinas, França, Irã, Malásia, Singapura, Coreias do Sul e Norte, Tailândia, Vietnã, Cambodja e China.

De acordo com a SMS, os pacientes monitorados na capital baiana apresentaram sintomas respiratórios leves estiveram recentemente em países que têm a circulação do vírus, de acordo com a nova lista divulgada pelo Ministério da Saúde.

Dicas de Prevenção

Cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar;

Utilizar lenço descartável para higiene nasal;

Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;

Não compartilhar objetos de uso pessoal;

Limpar regularmente o ambiente e mantê-lo ventilado;

Lavar as mãos por pelo menos 20 segundos com água e sabão ou usar antisséptico de mãos à base de álcool;

Deslocamentos não devem ser realizados enquanto a pessoa estiver doente;

Quem for viajar aos locais com circulação do vírus deve evitar contato com pessoas doentes, animais (vivos ou mortos), e a circulação em mercados de animais e seus produtos.