Devido às medidas de restrição da circulação de pessoas e fechamento da maior parte do comércio para conter o avanço do coronavírus, mais de 80% dos empresários do setor lojista de Paulo Afonso já sofrem prejuízos. Alerta o empresário Francisco Rodrigues Neto, da loja Rio Malhas.
Segundo Chiquinho, “A maioria dos estabelecimentos é de micro e pequenas empresas, então há essa preocupação muito grande com a perda de faturamento e como será retomada lá na frente”, explica.
Em uma das costumeiras reuniões do governo com empresários no final de semana ficou definido que o comércio deve permanecer sem funcionamento como medida de prevenção ao novo coronavírus. “Chegamos com a ideia de dividir a flexibilização do comércio, de voltar a funcionar, mas precisamos dar um passo atrás. Ninguém vai sair ileso. A questão econômica é realmente muito preocupante e pode se complicar ainda mais, mas temos que preservar vidas. Não temos ainda uma data para o funcionamento do comércio. Dia a dia, vamos sentindo os números”, disse o secretário de Saúde, Ghiarone Garibaldi.
Mesmo diante do argumento e dos cuidados do governo, alguns empresários questionam; “somente os funcionários das lojas de calçados e confecções estão aptos a contrair o covid-19? O coronavírus tem preferência de público?
Temor de demissões
Para o ex-presidente da CDL, Francisco Rodrigues Neto, caso nenhuma medida não seja tomada pelo governo local, muitas pessoas correm o risco de perder o emprego.
O nosso segmento não tem estrutura de grandes empresas que conseguem ficar 30 dias sem faturamento. Trabalhamos com capital de giro que depende muito do movimento constante para se sustentar”, lembra.
Chico da RM afirma que ainda não há demissões, mas as empresas estão preocupadas em como vão manter os seus funcionários por não ter caixa que suporte despesas contínuas”, alerta.