Em entrevista ao blog do Josias, do “UOL”, o senador Aécio Neves (PSDB) falou sobre as manifestações que levaram pelo menos 2 milhões de pessoas às ruas em todo o país, neste domingo (15).
“O silêncio da presidente Dilma é um sinal de covardia. Era hora de olhar no olho das pessoas e fazer um mea-culpa. Os estadistas precisam ter coragem, sobretudo nos momentos mais difíceis”, disse o ex-candidato tucano à presidência.
Ele falou também que a oposição vai se mexer: “Precisamos definir qual é a nossa agenda. Faremos isso a partir do que as pessoas estão cobrando. Se o governo não se mexe, agimos nós. Depois de 12 anos de governos do PT, é a primeira vez que eles encontram uma oposição conectada com o sentimento das ruas. Isso é algo que eles não tinham enfrentado ainda”.
Aécio ainda explicou o motivo de não ter ido às manifestações: “A pressão para que eu fosse era enorme. Refleti muito sobre isso. E achei que não deveria passar a impressão de que estávamos nos apropriando de algo que não tinha sido organizado por nós. E não queria validar o discurso do governo de que tudo se resume a um terceiro turno. Ficou muito claro que não foi uma manifestação de partidos políticos. Foi uma iniciativa da sociedade”.
Por fim, o senador respondeu se acredita na permanência de Dilma até o final do mandato: “É cedo para dizer. De minha parte, tenho tido muita cautela. Por isso decidi nem comparecer às manifestações. Não quis dar margem a nenhum tipo de especulação. Hoje, nossa preocupação é a de construir nesse campo da oposição uma agenda nova para o país. A presidente Dilma se complica sozinha. Hoje, ela é refém do Renan Calheiros e do Eduardo Cunha”.
Fonte: Varela Notícias