Os moradores de Coronel João Sá, cidade mais atingida pela inundação da Barragem do Quati, no município de Pedro Alexandre, ainda aguardam a reconstrução de 180 casas, depois da tragédia que aconteceu no norte da Bahia. O rompimento completa um ano neste sábado (11).
As marcas da inundação ainda estão presentes na cidade, após a tragédia que atingiu cerca de duas mil famílias. Se a perspectiva de reconstrução das casas, muitos moradores estão morando nas residências que foram interditadas por causa do risco de desabamento.
Entre as famílias que aguardam a reconstrução dos imóveis é a da dona de casa Vera Lúcia. Ela conta que a prefeitura chegou a fazer o pagamento do auxílio aluguel por seis meses, mas depois a família passou a fazer os pagamentos sem ajuda.
“Eles só me deram seis meses de aluguel. Esses seis meses eu paguei e ainda hoje estou pagando. Só me deram uma cestinha básica e um colchão. Só isso que me deram da prefeitura. Até hoje, nunca me procuraram para saber se eu estou boa. Ninguém me procurou. Só Deus sabe o que eu estou passando. Porque a gente tem nossa casa, para passar a pagar aluguel e não ter ajuda, é muito difícil”, disse Vera Lúcia.
Por meio de nota, a prefeitura de Coronel João Sá informou que, sozinho, o município não tem condições de bancar a reconstrução dessas casas, mas disse que já existe o terreno disponível. A prefeitura disse ainda que solicitou ao governo do estado uma ajuda e também à união, para a reconstrução dessas casas.
Procurado, o governo do estado informou que, através da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), o município de Pedro Alexandre vai ter a barragem reconstruída com investimento de R$ 424 mil. O governo não respondeu sobre a construção das casas para as famílias que foram desabrigadas.
O Ministério do Desenvolvimento Regional também foi procurando e informou que há uma demanda para a reconstrução das casas e esse pedido ainda está em análise.