De barba e moletom, bem diferente de seu personagem em “A Praça é Nossa”, Carlos Alberto de Nóbrega participou do “Conversa com Bial” desta sexta, na Rede Globo, e revelou que a paralisação das gravações do programa, devido à pandemia do coronavírus, o deixou muito deprimido.
“Quando a coisa estourou, em março, fui para o meu sítio. Eu pensei que iríamos ficar uns 40 dias parados e que em maio eu iria voltar a gravar, mas não, pois quando retornei a São Paulo a ordem do Silvio [Santos] foi que eu, ele e o Raul Gil só voltássemos quando tivesse a vacina“, contou o humorista, que foi cedido pelo SBT para conversar com Pedro Bial.
“Então, eu comecei a ficar muito deprimido, com depressão, que é uma coisa que eu não sou, pois sou um cara alegre, pra frente e que acha que tudo vai dar certo“, revelou Carlos Alberto, de 84 anos de idade.
Segundo ele, a situação piorou quando precisou ir até a sede do SBT para preparar as reprises de “A Praça é Nossa” que seriam exibidas no período de isolamento social, já que as gravações de episódios inéditos estavam temporariamente suspensas e sem previsão de retorno.
“Quando eu cheguei lá na televisão e vi aquilo vazio, cara, eu comecei a chorar dentro do carro, e chorei muito, mas muito mesmo“, relembrou. “Foi aí que fiquei mal, pois aquilo é a minha vida, sabe? Eu vi o SBT crescer lá na [rodovia] Anhanguera“.
O humorista ainda disse que chegou a implorar para voltar a gravar. “Eu falei: ‘pelo amor de Deus, me deixa voltar que preciso trabalhar’. O Silvio até aceitou impondo algumas condições. ‘Pode gravar, mas você vai gravar fora do estúdio’, ele me falou. Só que dois dias depois a Eliana pegou o vírus. Ou seja, esquece“.
Após os relatos, Carlos Aberto garantiu que se sente muito melhor agora, mas se mostrou pouco otimista com a situação causada pela Covid-19: “Não está fácil. Pior que não vemos futuro, não sabemos quando vai parar“.