O juiz federal Sergio Moro rejeitou, na noite desta quinta-feira (18), pedido da defesa do ex-deputado Luiz Argôlo para convocar o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, como testemunha de defesa. O juiz deferiu, no entanto, a convocação de três deputados federais com mandato para testemunhar em processos derivados da Operação Lava Jato.
Conforme o juiz, o pedido de convocação de Cardozo tem “evidente” propósito de questionar interceptações telefônicas. Porém, para Moro, a validade das interceptações já ficou comprovada. “A prova pretendida (…) é, portanto, manifestamente irrelevante, não se justificando a sua produção”, afirmou o juiz. A defesa tem até cinco dias para explicar se há outro motivo para convocar o ministro.
Já com relação ao pedido de Argôlo para que fosse convocado o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), o juiz aceitou o pedido, “embora não esteja claro o propósito da oitiva”.
Vale lembrar que tramitam na primeira instância da Justiça Federal ações penais contra quatro ex-deputados federais acusados de envolvimento em esquemas de corrupção investigados pela Operação Lava Jato. André Vargas, Pedro Corrêa, Aline Corrêa, e Luiz Argôlo foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) e são os primeiros ex-parlamentares réus em processos derivados da operação.
Bocão News