O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciou na sexta-feira (12) o envasamento de lotes de vacinas contra a Covid-19 produzidas pela instituição no Brasil. No primeiro dia 200 mil doses do imunizante foram envasados. O processo continua neste sábado (13).
A Fiocruz é a responsável no Brasil pela produção da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca.
O diretor do Instituto, Maurício Zuma, explicou que o processou começou na segunda-feira (9), com o início do descongelamento do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), e que na sexta-feira começou a formulação do lote que será envasado no sábado (13).
De acordo com a Agência Brasil, serão processadas cerca de 400 mil doses de pré-validação, para garantir que o processo esteja totalmente adequado para a produção da vacina, que seguirão para o controle de qualidade interno do instituto.
O insumo faz parte do lote com 90 litros de IFA recebido pela Bio-Manguinhos/Fiocruz há uma semana, e que são suficientes para a produção de 2,8 milhões de doses. Ainda estão previstas mais duas remessas de IFA em fevereiro, do total de 15 milhões a serem recebidos ainda este mês.
Depois de envasadas as vacinas seguem para o setor de controle de qualidade interno da Bio-Manguinhos, onde uma análise minuciosa deve garantir a sua integridade e segurança. A Fiocruz informou que vai escalonar a produção ao longo dos primeiros meses para manter a meta de 100,4 milhões de doses até julho deste ano.
No segundo semestre não será mais necessária a importação do IFA, que passará a ser produzido em Bio-Manguinhos, após a conclusão da transferência de tecnologia.
A previsão é de que de agosto a dezembro sejam produzidas mais 110 milhões de doses inteiramente na instituição, garantindo autonomia para o país e continuidade da vacinação para toda a população brasileira.