Corpo de fotógrafo morto em Niterói após pedir silêncio a traficantes será sepultado na segunda; amigos lamentam tragédia

O enterro do corpo do fotógrafo Thiago Freitas de Souza, de 32 anos, morto em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, após reclamar com traficantes de drogas que o barulho feito por eles não deixava a filha dormir, vai acontecer na tarde de segunda-feira (17) no Cemitério Arquiconfraria Nossa Senhora da Conceição. O crime aconteceu no sábado (15).

O caso é investigado pela Polícia Civil. Nas redes sociais do fotógrafo, amigos e familiares deixaram mensagens de pesar.

“Sem palavras para descrever a tristeza e a revolta de como você partiu! Vá com Deus Freitas, que papai do céu te receba de braços abertos”, afirmou uma das mensagens.

“À família, os mais sinceros e profundos sentimentos. Que cidade é essa, meu Deus, não há mais respeito pra um pai de família! Que tristeza!”, outra pessoa disse.

“Eu não consigo acreditar que você se foi! Mundo cruel! Mas sei que você está em um lugar muito incrível! Você vai estar sempre no meu coração!”, postou uma terceira.

Como foi o crime

À PM, a esposa de Thiago contou que o marido saiu de casa para pedir a traficantes da favela que diminuíssem o barulho que faziam, porque a filha do casal estava acordando toda hora.

Depois, segundo o relato, o marido foi reforçar o pedido aos criminosos. Foi quando a mulher contou ter ouvido um disparo e encontrou Thiago caído no quintal de casa. Levado para o Azevedo Lima, o homem foi operado, mas não resistiu aos ferimentos. A morte dele foi declarada às 7h55.

A polícia informou que a favela Santo Cristo vive uma briga de facções e que, na sexta-feira (14), PMs fizeram uma operação no local. O assassinato de Thiago passou a ser investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG).