11 crianças desenvolvem “síndrome do lobisomem” após uso de minoxidil pelos pais; entenda

Uso de minoxidil por pais levou ao nascimento de 11 crianças com "síndrome do lobisomem" na Europa; EMA adicionará o efeito adverso às bulas.

Foto: Reprodução / Tik Tok

Loções contendo minoxidil, amplamente utilizadas para combater a calvície e promover o crescimento de barba, estão sendo associadas a casos de hipertricose em recém-nascidos. Na Europa, 11 crianças nasceram com a condição, conhecida como “síndrome do lobisomem”, caracterizada pelo crescimento desordenado e excessivo de pelos por todo o corpo, exceto nas palmas das mãos e plantas dos pés.

A principal hipótese levantada por especialistas é de que o uso do minoxidil pelos pais tenha causado o efeito colateral. A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) decidiu incluir o risco da condição como efeito adverso nos rótulos de todos os produtos contendo a substância, após o surgimento desses casos. Segundo informações do jornal “O Globo”, a hipertricose foi revertida em algumas semanas após os pais suspenderem o uso do medicamento.

Embora rara, a hipertricose pode ter causas genéticas ou ser desencadeada por medicamentos, como ocorreu com as 11 crianças europeias. Outro caso notável é o de Adik Missclyen, uma criança da Malásia que viralizou nas redes sociais. Além do crescimento excessivo de pelos, Adik nasceu sem nariz e precisou passar por cirurgia para abrir canais respiratórios.

A condição pode se manifestar desde o nascimento ou surgir mais tarde, durante a infância. Afeta igualmente meninos e meninas e, apesar de não ser uma ameaça à saúde em si, pode ter impacto social e emocional significativo.