30% de jovens brasileiros relatam dores que afetam atividades diárias

Dor musculoesquelética afeta 30% dos jovens no Brasil, revela estudo. Pesquisa aponta negligência e risco de dores crônicas.

dores

Em uma descoberta que está chamando a atenção, cerca de 30% dos jovens no Brasil estão enfrentando um problema sério. Eles relatam ter dores nos ossos, ligamentos e músculos tão intensas que atrapalham suas atividades do dia a dia. Este dado alarmante vem de uma pesquisa realizada com estudantes dos estados do Ceará e São Paulo, que foi publicada no renomado Brazilian Journal of Physical Therapy.

O que torna essa situação ainda mais preocupante é que, muitas vezes, essas dores podem ser ignoradas por quem está ao redor dessas crianças e adolescentes. Seja por pais ou por profissionais de saúde, existe uma tendência em não dar a devida atenção a esses relatos de dor. As descobertas da pesquisa apontam para a necessidade de levar a sério estas queixas, visando prevenir problemas de dores crônicas que podem afligir esses jovens na idade adulta.

Um Olhar Mais Atento é Necessário

Os resultados da pesquisa revelaram que até 17% dos pais tendem a minimizar as reclamações de dor dos filhos, considerando-as menos graves do que realmente são. Essa percepção errônea é alimentada pela crença de que as dores relatadas são parte normal do processo de crescimento. Contudo, os especialistas afirmam que não existem evidências científicas fortes o suficiente para sustentar essa ideia.

Atenção aos sinais de dor nas crianças não só pode evitar o desenvolvimento de condições mais graves no futuro, como também determina o melhor curso de ação para o tratamento, que inclui, entre outros, a prática regular de atividade física.

Além de destacar a frequência dessas dores entre os jovens, a pesquisa também se debruçou sobre a duração e os impactos financeiros destas condições musculoesqueléticas no sistema de saúde, acompanhando os pacientes por um período de um ano e meio. Os resultados detalhados deste acompanhamento estão pendentes de divulgação, mas são aguardados com expectativa pela comunidade científica e médica.

Esta análise ressalta a importância de não somente ouvir, mas também de agir prontamente frente às queixas de dor dos mais jovens, abordando um problema que, até então, podia estar sendo deixado de lado.