Em meados do século VI a.C., o rei Creso da Lídia se destacou por sua visão inovadora ao planejar um sistema monetário que revolucionou as finanças da sua época. Ele cunhou a primeira moeda de ouro conhecida, chamada estáter ou Croesid, que marcou o início do que hoje conhecemos como padrão-ouro. Este evento se configura como um ponto de virada na história monetária, ao estabelecer a moeda como um meio de troca confiável.
Creso governou o reino da Lídia, que corresponde à metade ocidental do que hoje é a Turquia, entre 560 e 546 a.C. Naquele contexto, ele já era considerado um homem rico, em grande parte devido ao controle sobre os depósitos de metais preciosos encontrados no rio Pactolo. Sua posição de riqueza e poder serviu como base para a criação de um sistema financeiro mais estruturado e eficiente.
Os Croesids, tanto os de ouro quanto os de prata, apresentavam o mesmo desenho, com rostos de um leão e de um touro em suas superfícies. A escolha desses símbolos pode refletir significados importantes da cultura da época, possivelmente indicando cada um dos metais preciosos que representavam. Essa representação simbólica reforça o valor cultural e econômico da moeda na sociedade lídia e sua relevância duradoura no desenvolvimento do comércio.