A Organização Mundial da Saúde (OMS) estendeu, nesta quinta-feira (27), a recomendação que classifica a Mpox como uma emergência de saúde pública de importância internacional (ESPII). Essa classificação representa o nível mais alto de alerta estabelecido pela OMS, que leva em consideração o aumento contínuo dos casos e a expansão geográfica da doença.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, ressalta que a situação se agrava pela violência na República Democrática do Congo, que compromete as respostas sanitárias, além da falta de recursos financeiros para implementar planos de ação eficazes. Neste ano, o país africano registrou mais da metade dos diagnósticos de Mpox em todo o continente, e a doença também foi reportada pela primeira vez em nações como Burundi, Quênia, Ruanda, Uganda, Zâmbia e Zimbábue.
A nova variante do vírus, chamada Clado 1b, que se dissemina principalmente por contato sexual, foi identificada no ano passado e contribuiu para a reclassificação do alerta. As diretrizes do plano de emergência recomendam uma série de medidas, incluindo campanhas de vacinação a serem cumpridas até 20 de agosto. No Brasil, foram realizados 12,66 mil exames para diagnosticar a doença em 2024, com 1.578 casos confirmados até o momento, e o governo se prepara para adquirir mais testes para reforçar a detecção precoce da Mpox.