A adaptação humana em ambientes desafiadores é um tema recorrente nas pesquisas, especialmente no Planalto Tibetano, onde as condições de vida são severas devido à baixa disponibilidade de oxigênio. Um estudo conduzido pela Case Western Reserve University analisou 417 mulheres nepalesas com idades entre 46 e 86 anos, destacando suas características fisiológicas e o impacto na taxa de nascimentos vivos.
O estudo, publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences, sugere que a habilidade de sobreviver e reproduzir-se com êxito em condições difíceis é crucial para a evolução humana. As mulheres com maior sucesso reprodutivo apresentaram, em média, níveis adequados de hemoglobina e uma saturação de oxigênio otimizada, fundamentais para o transporte eficiente de oxigênio no sangue.
Além disso, outros fatores, como a largura dos ventrículos esquerdos e o fluxo sanguíneo para os pulmões, também foram associados ao sucesso na reprodução entre essas mulheres. Fatores culturais, como a idade ao ter filhos e a duração dos casamentos, influenciam ainda mais as taxas de natalidade, mostrando a interação entre biologia e cultura na sobrevivência humana.
Essas descobertas fornecem insights valiosos sobre como fatores ambientais e culturais moldam as características adaptativas nas populações do Tibete.