Agosto, o mês lilás, é um período em que a conscientização pelo fim da violência contra a mulher se intensifica em todo o país. Em Araci, município que se insere nesta luta, uma pesquisa recente desenvolvida pela Comarca local aponta dados impactantes relacionados ao tema.
Violência doméstica em números
Ao longo de três anos, entre 2019 e 2022, a Comarca analisou 460 processos relacionados a violência doméstica. Desses, o crime mais comum foi ameaça, presentes em 75,53% dos casos. E, quando o assunto é o que motiva essa violência, o consumo de álcool é o principal fator, sendo citado em 39,35% das ocorrências.
Medidas protetivas são essenciais
As Medidas Protetivas de Urgência (MPUs) têm sido um importante aliado das vítimas. A grande maioria, 76,48%, afirmou que essas medidas as protegeram efetivamente. Para 71,60%, a obtenção da MPU ocorreu de forma ágil. Mas ainda há desafios: 46,45% desejam sua renovação, enquanto 36,77% querem finalizá-las.
Vítimas apontam soluções
Ao se colocarem no lugar de juízas, 37,41% das vítimas defenderiam que os agressores mantivessem distância. A segunda opção mais votada, com 14,83%, foi a prestação de serviços comunitários em hospitais ou escolas.
Dados adicionais reveladores
- 50,6% acreditam que penas alternativas podem reduzir a impunidade.
- 75% das vítimas mantinham uma união estável com o agressor.
- Audiências virtuais são preferidas por 48,38% para evitar o confronto direto com o acusado.
- A maioria, 75,48%, decidiu não retomar o relacionamento após o ocorrido.