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Alerta global: aumento de 18% em doenças neurológicas desafia sistemas de saúde

Condições neurológicas em alta globalmente, com aumento de 18% em 31 anos, revela estudo do Lancet Neurology.

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Doenças Neurológicas

Hoje nos deparamos com um alerta global que nos convida a olhar mais de perto para o impacto crescente das doenças neurológicas em nossa sociedade. Estudos conduzidos por pesquisadores do Global Burden of Disease esmiuçam essa realidade preocupante, revelando que, ao longo dos últimos 31 anos, houve um crescimento de 18% nas chamadas DALYs relacionadas a doenças neurológicas. Para os leigos, DALYs são uma forma de medir o impacto das doenças, considerando não só mortes prematuras mas também as incapacidades que elas trazem, oferecendo um panorama sobre o ônus que essas condições representam em níveis globais.

A raiz desse crescimento alarmante pode ser associada ao envelhecimento e ao aumento da população mundial. No entanto, chama a atenção o fato de que o aumento de fatores de risco também desempenha um papel crucial nessa equação. Ao investigar mais a fundo, descobre-se que países de baixa e média renda têm sido os mais afetados, concentrando mais de 80% das mortes e da perda de saúde devido a problemas neurológicos. Enquanto isso, regiões de alta renda apresentam índices mais baixos, ainda que doenças como AVC, enxaqueca e demência liderem as causas de perda de saúde também nesses locais.

O que diferencia drasticamente estas realidades é, além da prevalência de determinadas condições neurológicas, a acessibilidade ao tratamento e a reabilitação. A disparidade entre países ricos e pobres fica evidente não apenas na prevalência de doenças, mas na capacidade de resposta dos sistemas de saúde. Em países de renda mais baixa, a escassez de recursos e de profissionais da saúde exacerba o problema, criando um ciclo difícil de ser quebrado sem a intervenção adequada.

Dentro deste cenário preocupante, os pesquisadores apontam um caminho de esperança através da prevenção. Identificar e compreender os fatores de risco, tais como pressão arterial elevada, exposição ao chumbo, e níveis altos de glicose no sangue são passos iniciais importantes. A partir daí, implementar estratégias para mitigar esses fatores ao longo da vida poderia prevenir, por exemplo, até 84% dos casos de AVC globalmente. Além disso, o investimento em pesquisa para o desenvolvimento de novas intervenções é crucial para melhorar o panorama das doenças neurológicas no futuro.

Em última análise, a mensagem é clara: enquanto nos deparamos com um desafio crescente imposto pelas doenças neurológicas, a chave para mitigar esse impacto encontra-se tanto na prevenção quanto no investimento contínuo em pesquisa e desenvolvimento. Este estudo não apenas lança luz sobre a realidade atual, mas também aponta para as ações necessárias para garantir um futuro mais saudável para populações ao redor do globo.

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