O destino dos cigarros eletrônicos no Brasil pode ser marcado por uma decisão importante nesta sexta-feira. Nesta data emblemática, a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reunirá para ponderar sobre a possibilidade de manter a proibição na venda dos vapes no país.
Desde o ano de 2009, a comercialização desses produtos está proibida em território brasileiro. Porém, a partir de 2019, a Anvisa começou a reconsiderar esta decisão, baseando-se em estudos mais recentes acerca dos impactos dos cigarros eletrônicos na saúde pública. Em um movimento de abertura e diálogo com a sociedade, a agência promoveu, em dezembro do último ano, uma consulta pública que resultou em 13.390 manifestações.
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Durante a consulta, ficou evidente uma divisão de opiniões: enquanto 61% dos profissionais de saúde se posicionaram contrários à liberação dos cigarros eletrônicos, um panorama diferente foi observado entre o público geral, onde 59% se mostraram favoráveis à mudança da regulamentação vigente, incluindo a possibilidade de uma liberação completa desses produtos.
Diante desse cenário, especialistas sugerem que a Anvisa deverá optar pela manutenção da proibição. Além disso, discute-se a inclusão de medidas mais rigorosas para o controle dos vapes, como a implementação de campanhas educativas e o reforço na fiscalização, especialmente no ambiente online, que se destaca como um dos principais canais para a comercialização ilegal desses dispositivos.
Esta discussão reflete não apenas sobre a legalidade dos cigarros eletrônicos, mas também acerca das preocupações com a saúde pública e os esforços necessários para combater a venda ilegal e informar adequadamente a população sobre os riscos associados ao uso desses dispositivos.