O Brasil está à beira de uma inovação significativa no combate à dengue, conforme discutido recentemente pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A proposta em foco é a introdução de autotestes para dengue, visando melhorar o diagnóstico precoce e reduzir a sobrecarga dos serviços de saúde no país, diante do aumento de casos em 2024.
Atualmente, mais de 150 testes para diagnóstico da doença estão registrados e aprovados pela Anvisa para uso em território nacional, porém, nenhum deles é classificado como autoteste. Esta categoria permitiria que os próprios indivíduos realizassem os testes sem a necessidade de profissionais de saúde, facilitando e agilizando a detecção da doença.
Antonio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa, destacou a importância de integrar os resultados dos autotestes ao sistema de notificação compulsória do país. Isso permitiria um controle e monitoramento mais eficientes dos casos de dengue, contribuindo para as estratégias de saúde pública.
“A dengue é uma doença de notificação compulsória. Então, é necessário que haja uma política pública gerada pelo Ministério da Saúde nesse sentido e que contemple, mesmo no caso do autoteste – aquele que o próprio cidadão poderá realizar – um mecanismo para que os sistemas de monitoramento sejam notificados, de modo que se possa justamente computar os casos em todo o Brasil”, disse Antonio.
Além dos testes, o combate ao vetor transmissor, o mosquito Aedes aegypti, continua sendo crucial. A Anvisa tem registrado mais de 600 tipos de repelentes disponíveis no mercado brasileiro, assegurando à população amplas opções para proteção contra picadas. Antonio enfatizou que não há risco de falta desses produtos, mesmo com o aumento da demanda.