Anvisa mantém veto aos vapes no Brasil após análise científica

Anvisa mantém proibição de vapes no Brasil, citando falta de evidência científica para reversão e alinhamento com padrões da OMS.

Vapes

A Anvisa, que é a autoridade de saúde do Brasil, decidiu na sexta-feira que os cigarros eletrônicos, conhecidos popularmente como vapes, vão continuar proibidos no país. Isso significa que nem fabricar, vender, trazer do exterior ou anunciar vapes é permitido. Até guardar ou transportar esses dispositivos é contra a lei.

O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, foi quem liderou essa decisão. Ele explicou que países e organizações de saúde pelo mundo, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), também não apoiam o uso dos vapes. Ele acrescentou que uma consulta feita ao público em fevereiro não mostrou nenhuma prova científica nova que fizesse a Anvisa mudar de opinião.

A maioria dos diretores da Anvisa concordou com a decisão. Apenas uma diretora, Meiruze Souza Freitas, ainda não votou, mas o resultado já está decidido. Eles aceitaram uma ideia de permitir a importação de vapes, mas somente para pesquisas científicas e com algumas regras bem específicas.

Um estudo do Instituto do Coração de São Paulo revelou que pessoas que usam vapes podem acabar consumindo tanto quanto quem fuma 20 cigarros por dia. Além disso, aparentemente, viciar em vapes é mais fácil do que em cigarros tradicionais. Uma das grandes preocupações é que, além de nicotina, os vapes podem conter mais de duas mil outras substâncias tóxicas. Sem regras claras, fica difícil saber exatamente o que tem dentro deles.