A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tomou uma medida severa contra os cigarros eletrônicos no Brasil. Na última quarta-feira, a agência oficializou uma resolução que proíbe não só a venda, mas também a fabricação, importação, distribuição, armazenamento, transporte e até a propaganda desses dispositivos. A restrição inclui também a proibição de entrada desses produtos no país por viajantes, seja em bagagem de mão ou despachada, sendo considerado uma infração sanitária.
O que foi banido?
Os cigarros eletrônicos, conhecidos também como vapes, são dispositivos eletrônicos que aquecem um líquido, transformando-o em vapor para ser inalado. Esses produtos, mesmo com aroma e sabor que parecem mais atraentes, contêm nicotina, a mesma substância viciante encontrada nos cigarros tradicionais. Além disso, os vapes podem conter outras substâncias tóxicas como níquel, estanho e chumbo.
Proibição não é novidade
Embora a proibição oficial de todos os aspectos relacionados aos cigarros eletrônicos esteja sendo aplicada agora, a Anvisa já havia estabelecido restrições a esses produtos desde 2009. Porém, apesar das limitações anteriores, a comercialização e o uso dos vapes continuou crescente, particularmente entre jovens. Isso levanta preocupações sobre os riscos à saúde, e especialistas alertam que os efeitos podem ser até mais prejudiciais do que os do cigarro comum.
Riscos à saúde comparáveis ao cigarro comum
Segundo estudos realizados pelo Programa de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração de São Paulo, os usuários de vape podem consumir a quantidade de nicotina equivalente a 20 cigarros comuns em um único dia. Além disso, o rápido desenvolvimento do vício é uma grande preocupação para a saúde pública.
A resolução da Anvisa busca, portanto, proteger a população dos riscos associados ao consumo dos cigarros eletrônicos, fortificando o combate ao tabagismo no país.