No Diário Oficial da União desta terça-feira (25), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou uma nova resolução que proíbe a venda, importação, fabricação, manipulação e propaganda de produtos à base de fenol no Brasil. A decisão impacta diretamente os procedimentos estéticos e de saúde que utilizam a substância.
O fenol, uma substância ácida, é frequentemente empregado em procedimentos estéticos para provocar queimaduras e descamações na pele, promovendo a renovação celular. Este método, conhecido como peeling de fenol, é utilizado em casos severos de envelhecimento facial, acne grave e outros problemas dermatológicos, sendo considerado um procedimento invasivo.
A proibição foi acompanhada de um parecer do Conselho Federal de Medicina (CFM). O órgão enfatizou que, devido à natureza invasiva do peeling de fenol, este tipo de procedimento deveria ser realizado exclusivamente por médicos especializados. Além disso, o CFM defendeu que tais procedimentos devem ocorrer em ambientes preparados e equipados para intervenções de suporte à vida em casos de complicações, como hospitais.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) também se manifestou, alertando sobre as cautelas necessárias ao realizar procedimentos com fenol. Apesar dos potenciais benefícios, como a renovação intensa da pele e a estimulação de colágeno, a SBD destacou os riscos envolvidos, incluindo dor intensa, cicatrizes, alterações na coloração da pele, infecções e até problemas cardíacos.
O Conselho Federal de Medicina e a Anvisa pedem reforço na fiscalização de estabelecimentos e profissionais que realizam procedimentos com fenol, assegurando que todos sigam as normas sanitárias e legais estabelecidas.