Apresentador de podcast famoso é demitido após defender nazismo; entenda

Apresentador de podcast famoso é demitido após defender nazismo; entenda

Bruno Aiub, conhecido como Monark, foi desligado do Flow Podcast após defender a existência de um partido nazista no Brasil. A fala aconteceu durante uma entrevista nesta segunda-feira (7) com a deputada Tabata Amaral e o deputado Kim Kataguiri.

“Eu acho que tinha que ter um partido nazista reconhecido pela lei”, disse o apresentador do podcast. “Se o cara quiser ser um antijudeu, eu acho que ele tinha direito de ser”, disse ele.

O Flow é um dos podcasts com maior audiência no Brasil, com mais de 3,6 milhões de inscritos só no YouTube. Em comunicado eles anunciaram o desligamento de Monark. 

“Esta decisão foi tomada em conformidade com o que determinam todos os preceitos de boa prática, visão e missão dos Estúdios Flow. Lamentamos profundamente o episódio ocorrido. Pedimos desculpas a todas as pessoas, em especial à comunidade judaica”, afirmou a nota.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Bruno Aiub pediu desculpas e afirmou que estava “muito bêbado” durante o programa.

“Peço perdão pela minha insensibilidade, mas também peço um pouco de compreensão. São quatro horas de conversa, estava bêbado. Fui insensível sim, errei na forma como me expressei, dá a entender que estou defendendo coisas abomináveis. Peço compreensão e desculpas a toda a comunidade judaica”, disse o youtuber.

Repercussão 

A repercussão nas redes sociais veio pouco tempo depois das falas do youtuber. O assunto ficou entre um dos mais comentados no Twitter e também foi alvo de repúdio de autoridades e comunidade judaica.

O Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo afirmou que recebeu representações de cidadãos sobre o caso. “Essas representações serão distribuídas a um procurador da República, que então fará a análise preliminar dos fatos e definirá os próximos passos”, informou o MPF.

Tabata Amaral, que tentou rebater a fala de Monark imediatamente, retomou o assunto nesta terça-feira, e disse em suas redes sociais que “a nossa liberdade termina quando começa a do outro”.