Imagine sua pele mudando de cor, ganhando um tom azulado que não vai embora. Parece cena de filme, mas é real: existe uma condição rara chamada argiria, causada pelo acúmulo de prata no corpo. Essa história ganhou destaque com o caso de Paul Karason, o “Papai Smurf” que ficou famoso pela sua pele azul.
Mas, afinal, como alguém pega argiria? Acontece quando a prata se acumula no organismo, seja por contato com a pele, inalação ou ingestão contínua. Embora não seja comum, a argiria está ligada à exposição no trabalho e ao uso de prata coloidal, um suplemento sem comprovação científica.
O principal sintoma é a mudança na cor da pele, que fica azul-acinzentada. Isso rola porque as partículas de prata se juntam nos tecidos e mudam a forma como a luz interage com a pele. A mudança de cor pode ser em áreas específicas ou em todo o corpo, e também pode afetar mucosas e unhas.
Atualmente, não existe cura para a argiria. Um estudo mostrou que a cor azulada vem do acúmulo de prata na pele. Alguns tratamentos a laser podem diminuir a pigmentação, mas não garantem que a pele volte à cor normal.
Quem trabalha com joias, fotografia ou em laboratórios tem mais chances de desenvolver argiria. O uso prolongado de prata coloidal também aumenta o risco, principalmente para quem acredita que esse suplemento traz benefícios à saúde.
Para evitar a argiria, o segredo é evitar se expor à prata sem necessidade, principalmente no trabalho, usando equipamentos de segurança e ventilação adequada. E, claro, é importante não consumir prata coloidal, já que não há comprovação de que ela faça bem e ainda pode trazer problemas.
A argiria não tem cura, mas alguns tratamentos podem amenizar a aparência. E fique tranquilo: a doença não é contagiosa e nem coloca a vida em risco.