Ataques de pânico: como o corpo reage e quais são os sintomas principais

Ataques de pânico desencadeiam sintomas como aceleração do coração e dificuldade para respirar, afetando o corpo em resposta ao estresse. A duração é geralmente curta.

Foto: Solving Healthcare/Unsplash

Os ataques de pânico são episódios intensos de medo e desconforto que podem se manifestar de maneira súbita, afetando diversas funções corporais. Os sintomas mais comuns incluem aceleração do coração, sudorese intensa, tremores, dificuldade para respirar, náuseas, dor no peito, tontura e, em alguns casos, uma sensação de desmaio iminente. Esses sinais podem variar em intensidade e duração entre diferentes indivíduos.

De acordo com especialistas, esses ataques podem ser acompanhados por uma sensação de desconexão com a realidade, levando a pessoa a temer a perda de controle ou até mesmo a morte. Para ser classificado como um ataque de pânico, é necessário que a pessoa experimente pelo menos quatro dos sintomas mencionados.

A hiperventilação é frequentemente um dos primeiros sinais a surgir durante um ataque de pânico. Essa condição pode alterar o equilíbrio de oxigênio e dióxido de carbono no organismo, resultando em sintomas como tontura e sensação de falta de ar. Além disso, a hiperventilação pode provocar outros sintomas, como visão embaçada, formigamento, tensão muscular e mudanças na temperatura corporal.

Durante um ataque de pânico, o corpo ativa o chamado modo “lute ou fuja”, o que envolve a liberação de substâncias químicas como a adrenalina. Essa resposta natural ao estresse resulta em várias alterações fisiológicas, como o aumento da frequência cardíaca e dilatação das pupilas. Contudo, nos ataques de pânico, o corpo entra em estado de alerta sem uma causa aparente. Estudos indicam que as alterações no organismo podem começar até uma hora antes do ataque, com níveis de carbono abaixo do normal sendo observados mesmo 45 minutos antes do evento.

Pesquisas também sugerem que a desregulação na comunicação entre áreas do cérebro, como o córtex pré-frontal e a amígdala, pode contribuir para a ocorrência de ataques de pânico. Enquanto o córtex pré-frontal é responsável por funções lógicas e racionais, a amígdala está relacionada à regulação emocional. Durante esses episódios, a atividade da amígdala pode ser elevada, enquanto a resposta do córtex pré-frontal diminui.

Os sintomas normalmente começam a se dissipar dentro de meia hora após o início do ataque. Esse fenômeno é um aspecto importante para compreender a natureza dos ataques de pânico e suas implicações na saúde mental.