Atletas olímpicos brasileiros enfrentam impostos sobre prêmios em dinheiro em Paris

Atletas brasileiros em Paris enfrentam tributação sobre prêmios em dinheiro, reduzindo valores recebidos. Projetos buscam isenção, mas sem previsão de votação.

Imagem: kovop/Shutterstock

As vitórias dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos de Paris têm gerado celebração, mas também um debate importante sobre a tributação dos prêmios em dinheiro recebidos. No Brasil, os atletas que conquistam medalhas têm suas premiações sujeitas ao Imposto de Renda, o que tem gerado discussões nas redes sociais.

Os valores das premiações são significativos: medalhistas de ouro recebem R$ 350 mil, enquanto os de prata e bronze ganham R$ 210 mil e R$ 140 mil, respectivamente. No entanto, esses montantes são impactados pela tributação. Por exemplo, Beatriz Souza, que conquistou medalhas de ouro e bronze no Judô, teve uma premiação total de R$ 392 mil, mas após a aplicação do imposto, o valor que efetivamente recebeu foi de aproximadamente R$ 285,1 mil. Rebeca Andrade, por sua vez, somou R$ 826 mil em premiações em Paris, mas, após os descontos, ficou com cerca de R$ 598,8 mil.

A Secretaria da Receita Federal esclareceu que a cobrança do Imposto de Renda sobre os prêmios é uma exigência legal, considerando-os como remuneração, assim como qualquer outro trabalho que exceda a faixa de isenção, atualmente fixada em dois salários mínimos. A Receita informou que alterações nessa regra dependem de mudanças na legislação.

Recentemente, foram apresentados projetos na Câmara dos Deputados e no Senado que buscam isentar os prêmios recebidos por atletas olímpicos de impostos, mas ainda não há uma data definida para votação dessas propostas.