Dados do Ministério da Saúde apontam que o Brasil registrou 78 mil novos casos de tuberculose em 2022, um aumento de 4,9% em relação ao ano anterior. Amazonas, Rio de Janeiro e Roraima apresentaram as maiores incidências da doença.
A tuberculose é a segunda doença infecciosa que mais mata no Brasil, atrás apenas da Covid-19, e é a principal causa de morte entre pessoas que vivem com HIV e Aids. Em 2021, o país registrou o recorde de 5 mil mortes pela doença, o maior número em uma década.
Homens entre 20 e 64 anos apresentam risco três vezes maior de contrair tuberculose do que mulheres na mesma faixa etária. Além disso, em 2022, foram notificados 2,7 mil casos em menores de 15 anos, com crianças de até quatro anos representando 37% dessas notificações.
Durante entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (24) em Brasília, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou que a tuberculose é uma doença contagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas também pode atingir outros órgãos do corpo. A doença pode ser transmitida pelo ar, quando uma pessoa infectada tosse ou espirra. Os sintomas incluem tosse persistente, febre, sudorese noturna e perda de peso, entre outros. O tratamento é feito com antibióticos e dura em média seis meses.
A ministra enfatizou ainda que a tuberculose tem prevenção, tratamento e cura, e afeta principalmente pessoas em situação de rua, comunidades indígenas, refugiados, pessoas vivendo com HIV e Aids e pessoas privadas de liberdade.
Em relação às estatísticas, é importante lembrar que a tuberculose é uma doença grave que precisa ser tratada. Os dados mostram que é necessário intensificar as medidas de prevenção e controle da doença, especialmente em áreas de maior incidência.