A Bahia ocupa a terceira posição no Brasil quando se trata do número de pessoas com deficiência. Segundo dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, 1,524 milhões de pessoas com 2 anos ou mais enfrentam algum tipo de deficiência no estado. As informações são do Portal ChicoSabeTudo.
Quebrando Barreiras Atitudinais e Estruturais
Narciso Batista, presidente da Federação das Apaes na Bahia (Feapae), classifica os números como “preocupantes”. Ele destaca o principal desafio para o movimento apaeano nos dias de hoje: “Quebrar e superar barreiras atitudinais, capacitismo, acessibilidade. Eles precisam de acesso às salas de artes, a hotéis com banheiros adaptados, teatros, cinemas e, principalmente, às escolas. Esses espaços precisam ser preparados para receber as pessoas com deficiência”.
Desafios de Gênero e Raça
Os dados também revelam que seis em cada dez pessoas com deficiência na Bahia são mulheres (900 mil), enquanto os homens somam 623 mil. Quando se observa a proporção de pessoas com deficiência entre as diferentes raças, os números são idênticos entre pretos (9,9%) e pardos (9,9%). Já os brancos apresentam um índice maior, com 12,1%.
A Necessidade de Capacitação Profissional
Falar de inclusão e acessibilidade não é apenas um desafio estrutural, mas também humano. Batista ressalta a importância da capacitação profissional: “Não podemos falar de inclusão sem preparação. Esses profissionais precisam ser capacitados. Você não pode pegar uma pessoa com deficiência intelectual ou com paralisia cerebral e colocar em uma sala com 40 ou 50 alunos. Que atendimento ela terá? Ela será excluída! Além de sofrer capacitismo”, conclui.
