Bahia é o terceiro estado com maior taxa de trabalho informal entre jovens

Bahia registra 65,4% dos jovens trabalhando na informalidade, segundo levantamento do CIEE e IBGE. Estado ocupa a 12ª posição no mercado de trabalho.

A Bahia se destaca como o terceiro estado brasileiro com a maior proporção de jovens trabalhando na informalidade, registrando 65,4% desse grupo. Esse dado, junto com outras informações, foi divulgado pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) nesta terça-feira (28), com base em um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar dessa alta informalidade, a Bahia ocupa apenas a 12ª posição no ranking de jovens inseridos no mercado de trabalho, com 48,6%, comparado à média nacional de 50,5%.

O estudo revela que 6,3 milhões de jovens brasileiros entre 14 e 24 anos estão atualmente em ocupações informais. O Maranhão lidera o ranking de informalidade com 72% de seus jovens nessa situação, enquanto Santa Catarina tem a menor taxa, com 25,2%.

Além da informalidade, o estudo aborda a situação dos jovens que não estudam, não trabalham e nem procuram emprego. Atualmente, 5,4 milhões de jovens brasileiros estão nessa condição, representando 15,9% da população de 14 a 24 anos. No primeiro trimestre de 2024, o governo federal contabilizou 14 milhões de jovens ocupados nesse mesmo grupo etário, dentro de um total de 34 milhões de adolescentes e jovens, que correspondem a 17% da população brasileira.

A Bahia também se destaca por ter a terceira maior quantidade percentual de jovens em relação à sua população, com 7,4%, ficando atrás apenas de São Paulo (20,3%) e Minas Gerais (9,6%). A distribuição de jovens por região é a seguinte: 39% no Sudeste (metade em São Paulo), 25% no Nordeste, 13% no Sul, 13% no Centro-Oeste e 10% no Norte.

O perfil dos jovens ocupados e desocupados no Brasil mostra que 11,6 milhões de jovens apenas estudam, sendo 52% mulheres, 59% negros e 81% adolescentes de 15 a 17 anos. Entre os desocupados, 3,2 milhões, 51% são mulheres e 65% são negros. Já os que não estudam, não trabalham e nem procuram emprego somam 5,4 milhões, sendo 60% mulheres, a maioria com filhos pequenos, e 68% negros.