Em meio à rocha e fé, o Santuário de Bom Jesus da Lapa, localizado a 777 km de Salvador, é mais do que um marco religioso na Bahia; ele representa a fusão da história, cultura e devoção. E, agora, esse refúgio espiritual está prestes a receber um merecido reconhecimento.
Reconhecimento à vista: Um santuário de fé e história
Cada canto do santuário, assim como o cenário que envolve a cidade, ressoa histórias de devoção. Este ano, o santuário prevê a chegada de 600 mil romeiros, de 28 de julho a 6 de agosto, ilustrando a profunda ligação dos devotos ao local.
Um grande marco para este templo sagrado ocorrerá no dia 6 de agosto: a Câmara de Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural (CPHAAN) concederá à romaria do Bom Jesus da Lapa o título de Patrimônio Imaterial do Estado. Este evento contará com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, que, após participar da tradicional Missa dos Romeiros, também inaugurará o novo aeroporto e uma estrutura viária, consolidando ainda mais a importância da região.
Beatriz Pontes, professora e devota, ressalta a importância do reconhecimento: “É uma forma de preservar a romaria”. E as palavras do Monsenhor João Batista Alves do Nascimento, reitor do santuário, ecoam esse sentimento: “O santuário é um local cultural e histórico”, lembrando que o turismo religioso é vital para a economia local.
Bahia: Um berço do turismo religioso
A Secretaria de Turismo da Bahia (Setur) não apenas reconhece a importância do santuário, mas também trabalha para promover o turismo religioso em todo o estado. Com diversas iniciativas desde 2021, Maurício Bacelar, titular da pasta, destaca a riqueza da Bahia: “Muitas pessoas não sabem todas as possibilidades que temos”.
E o Santuário de Bom Jesus da Lapa é central nessa promoção. Suas grutas transformadas em igrejas, conhecidas como “igreja de pedra e luz”, atraem fiéis desde 1691, quando o português Francisco Mendonça Mar chegou com imagens sagradas e iniciou a tradição de peregrinação.