O cenário avícola da Bahia sofreu um sobressalto nesta quinta-feira, quando o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) confirmou o segundo caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), também conhecida como gripe aviária. Este novo diagnóstico ocorreu em Prado, no extremo sul do estado, ampliando a atenção sobre a doença que anteriormente havia sido identificada em Caravelas, na mesma região.
O perfil da gripe aviária e o que fazer
Os dois casos confirmados na Bahia foram registrados em aves silvestres da espécie Trinta-réisreal. Importante ressaltar, no entanto, que estes episódios isolados não afetam o status sanitário do Brasil, que continua sendo “Livre de IAAP”, conforme a Organização Mundial de Saúde Animal.
Há um equívoco comum de que o consumo de frango e ovos poderia transmitir a gripe aviária. No entanto, o MAPA assegura que não há risco de contrair a doença ao consumir esses alimentos, desde que devidamente cozidos ou assados.
Se notar aves silvestres com sintomas respiratórios ou nervosos, doentes ou mortas, a população deve acionar o INEMA através do Disque Fauna (71) 99661-3998. Caso observe tais sintomas em aves domésticas, deve-se contatar a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) ou ligar para o PESA (71) 99627-9797.
A importância da biossegurança na avicultura
Para garantir a continuidade da segurança na produção avícola, o MAPA orienta os produtores da Bahia a reforçarem as medidas de biossegurança dos plantéis, em linha com as diretrizes estabelecidas pelos governos e as agroindústrias.
Desmistificando a gripe aviária
Para oferecer um panorama mais claro, Dr. Robson Reis, médico infectologista e professor da Escola Baiana de Medicina, ressalta que a gripe aviária é uma condição na qual “animais, principalmente aves, são infectados por algumas cepas do vírus Influenza A, como H5N1, H7N9 ou H3N8”.
Dr. Reis tranquiliza a população, explicando que a contaminação ocorre principalmente por meio do contato direto com secreções respiratórias de aves infectadas ou indiretamente, através do manuseio de objetos ou superfícies contaminadas.
A vigilância é nossa maior arma contra a disseminação dessa doença. Manter a população bem-informada é crucial para garantir a saúde de todos e a segurança da indústria avícola.