Recentemente, a série Bebê Rena, disponível na Netflix, alcançou o marco de se posicionar como a décima série de língua inglesa mais assistida na plataforma. A narrativa da série, que foca na vida de uma mulher obcecada, capturou a atenção massiva nas redes sociais, aumentando tanto a curiosidade do público quanto o número de visualizações no streaming.
Entretanto, o impacto de Bebê Rena se estendeu além da esfera virtual e chegou aos tribunais. A mulher que alega ser a verdadeira inspiração para a perseguidora da série entrou com uma ação legal contra a Netflix. No seriado, a personagem central é Martha, enquanto na realidade, essa mesma figura é identificada como Fiona Harvey. Após o lançamento da série, Harvey foi rapidamente reconhecida na internet pelos fãs e afirmou publicamente que Richard Gadd, responsável pela criação e atuação na série (onde ele interpreta Donny), deturpou a verdade dos acontecimentos.
Na vida real, Gadd, um comediante que também dirigiu a série, declarou que Bebê Rena é baseada em sua própria experiência pessoal de ser seguido por anos por uma stalker. Contudo, o processo legal movido por Fiona Harvey contra a Netflix inclui acusações de difamação, sofrimento emocional, negligência e violação de privacidade. Como parte das suas exigências, Harvey solicita uma compensação financeira de cerca de 170 milhões de dólares.
Esse caso tem chamado atenção pela forma como conflitos entre experiências pessoais inspiradas na ficção e as interpretações artísticas podem gerar disputas judiciais complexas. A série, por sua vez, continua a atrair novos espectadores e a gerar debates acalorados sobre a linha tênue entre realidade e ficção.