Brasil adota vacinação única contra HPV buscando maior cobertura

Brasil adota dose única de vacina HPV, aumentando proteção com eficácia comprovada. Mudança segue recomendação da OMS.

HPV

O Brasil, conhecido por seu sistema de vacinação exemplar por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), enfrenta um desafio recente: a diminuição da taxa de imunização, especialmente entre as crianças. Isso acontece em um contexto global, onde movimentos anti-vacina, frequentemente associados à extrema-direita, ganham força. Diante desse cenário, o governo está em busca de estratégias para reverter essa tendência e reforçar seu Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Uma importante novidade vem na luta contra o HPV (papilomavírus humano), um vírus que afeta 80% da população sexualmente ativa e é o principal causador de câncer de colo de útero. Antigamente, a vacinação contra o HPV no Brasil era feita em duas doses. Agora, em uma tentativa de aumentar a cobertura vacinal, isso mudou.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou na última segunda-feira, através do X (antigo Twitter), que a vacinação contra o HPV passará a ser realizada com dose única. Esse ajuste suscita dúvidas sobre a eficácia. Porém, pesquisas atuais sustentam que uma só dose já pode oferecer anos de proteção contra o câncer causado pelo vírus.

Além do mais, essa mudança está alinhada com recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 2022, indicando que a aplicação única pode facilitar e aumentar a adesão à vacinação. Entretanto, apesar do anúncio, ainda aguardamos mais detalhes do governo federal sobre o cronograma e a disponibilidade da nova estratégia de vacinação.

Com a implementação dessa medida, o Brasil busca não apenas enfrentar os desafios impostos pelos movimentos anti-vacina, mas também reforçar sua posição como líder global em iniciativas de imunização, protegendo sua população de forma mais eficiente e abrangente.