O Brasil ultrapassou a marca de 2 milhões de casos de dengue em 2024, segundo informações divulgadas pelo Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde nesta quinta-feira. O registro inclui tanto casos confirmados quanto aqueles ainda sob investigação.
O acumulado de casos chega a 2.010.896, acompanhado de uma contagem de 682 mortes confirmadas devido à doença, enquanto outras 1.042 estão sendo investigadas. Revelando uma incidência preocupante, o coeficiente nacional está atualmente em 990,3 casos para cada 100 mil habitantes. O Distrito Federal lidera com uma taxa de 5.725,8 casos por 100 mil pessoas.
Este ano marca um recorde para o Brasil, que não via números tão altos de dengue em mais de duas décadas. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, aponta as mudanças climáticas e a presença de múltiplos sorotipos do vírus da dengue como fatores cruciais por trás deste aumento significativo de casos.
A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, é uma preocupação constante no país, com estimativas indicando que 75% dos focos do vetor se encontram nas residências. O Ministério da Saúde tem enfatizado medidas preventivas, incluindo o manejo adequado de água parada e o acolhimento aos agentes de saúde. Dentre as recomendações estão manter a caixa-d’água fechada, amarrar bem os sacos de lixo e eliminar possíveis criadouros do mosquito, como pneus velhos e entulho.
Além das ações preventivas, o governo brasileiro iniciou a distribuição de vacinas contra a dengue, focando em crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, em regiões selecionadas. Este esquema de imunização prevê duas doses, administradas com um intervalo de três meses, com o objetivo de controlar a disseminação da doença. As vacinas foram distribuídas para diversos estados, incluindo Distrito Federal, São Paulo e Bahia, entre outros.