Cândida contra dengue: pesquisa revela eficácia inovadora

Brasil enfrenta dengue com emergência em várias regiões; estudo revela cloro como arma contra larvas.

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O Brasil está enfrentando uma batalha contra a dengue, com mais de 2 milhões de casos possíveis registrados no país desde o início do ano. Grandes cidades e estados já estão em alerta máximo. As autoridades de saúde estão se esforçando muito, utilizando diversas estratégias, desde campanhas de conscientização até vacinação. No entanto, cientistas estão buscando formas inovadoras de combater o vetor da doença, o mosquito Aedes aegypti.

Uma pesquisa fascinante surgiu como um raio de esperança nessa luta. Conduzida pelo professor Valter Arthur, do Laboratório de Radiobiologia e Ambiente do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena-USP), o estudo colocou à prova o poder do cloro, mais conhecido como cândida, contra as larvas do Aedes aegypti.

A ideia não é nova. Entre 2008 e 2012, pesquisas já haviam demonstrado a eficácia do cloro. Contudo, surgiram preocupações de que as larvas pudessem desenvolver resistência. Essa nova investigação, encomendada pela Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor), visava atualizar e verificar a eficácia atual do cloro em frear a proliferação das perigosas larvas.

Os resultados foram claros. Para efetivamente impedir que as larvas do mosquito se desenvolvam, é necessário aplicar uma dose precisa de 10 miligramas de cloro para cada litro de água estagnada. Isso é aproximadamente o mesmo que utilizar uma colher de sobremesa de cândida por litro de água.

Esses achados oferecem um método simples e acessível para combater a proliferação do Aedes aegypti, podendo significar um grande avanço na luta contra a dengue. É um espantoso exemplo de como soluções comuns, como a cândida, podem ser transformadas em poderosas armas contra doenças globais, quando apoiadas pela ciência adequada.