Celacanto: o peixe fóssil vivo que sobreviveu a extinções e evolui lentamente

O celacanto, um peixe com fósseis de 419 milhões de anos, sobreviveu a extinções e evolui lentamente.

Fóssil de celacanto (Imagem: Wikipedia Commons)

Os fósseis são essenciais para entender a evolução das espécies e a reconstrução de seres extintos, como os dinossauros. O celacanto, frequentemente chamado de “fóssil vivo”, é uma exceção a essa regra. Com fósseis que datam de 419 milhões de anos, esse peixe ainda habita os oceanos, mantendo características semelhantes às de seus ancestrais.

A descoberta de um celacanto vivo em 1938, feita pela pesquisadora Marjorie Courtenay-Latimer na África do Sul, alterou a percepção sobre essa espécie. O nome científico, Latimeria chalumnae, foi dado em sua homenagem. Outra espécie, a Latimeria menadoensis, foi encontrada nas águas da Indonésia. Até o momento, mais de 175 espécies fossilizadas de celacantos foram documentadas.

Esses peixes sobreviveram a várias eras da Terra, apresentando variações em sua morfologia ao longo do tempo. No entanto, no final do Cretáceo, cerca de 66 milhões de anos atrás, os celacantos desapareceram dos registros fósseis, coincidindo com a extinção em massa K-Pg, que eliminou cerca de 75% das espécies, incluindo os dinossauros. Por muito tempo, acreditou-se que o celacanto estivesse entre as espécies extintas.

Pesquisas recentes indicam que a evolução dos celacantos desacelerou desde a era dos dinossauros, resultando em uma aparência que se assemelha à de seus ancestrais pré-históricos. Apesar dessa desaceleração, os celacantos apresentaram algumas modificações, mostrando que, embora sejam considerados fósseis vivos, continuam a evoluir, mesmo que de forma muito lenta.