Nesta quarta-feira (6), a Justiça Federal determinou que o governo federal cancele a desclassificação de candidatos no Concurso Público Nacional Unificado (CNU) por falhas no preenchimento do cartão de respostas. A decisão determina que o Executivo e a Cesgranrio, organizadora do concurso, publiquem novamente o resultado, incluindo esses candidatos, em até 10 dias. A decisão ainda permite recurso.
O concurso CNU exigia que os candidatos indicassem a versão de sua prova através da marcação de uma bolinha e da transcrição de uma frase específica, uma vez que as provas tinham várias versões com ordens diferentes de questões. Candidatos afirmam que receberam orientações dos fiscais para marcar apenas a frase, gerando uma eliminação em massa.
No dia da prova, a ministra Esther Dweck havia informado que a eliminação seria evitada para os que esqueceram de marcar a bolinha, pois a Cesgranrio teria outras formas de identificar a versão da prova. Porém, no dia seguinte, o Ministério da Gestão anunciou a desclassificação daqueles que não seguiram todas as orientações.
A Procuradoria-Geral do Tocantins apresentou uma ação civil pública contra o governo, pedindo a reintegração dos candidatos. Em sua decisão, o juiz Adelmar Aires Pimenta da Silva ressaltou que, conforme o edital, a desclassificação ocorreria apenas para quem não completasse ambos os campos de identificação no cartão.