A Bahia tem registrado um aumento notável nos casos de Febre do Oropouche, conforme informações divulgadas pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), através do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-BA). Até hoje, 12 de abril, 50 casos foram confirmados, distribuídos em várias cidades: Valença e Laje com 10 casos cada, Mutuípe com 2, Teolândia liderando com 23, Taperoá com 4, e Salvador com um único caso registrado.
A Febre do Oropouche é uma doença viral, transmitida principalmente pelo Culicoides paraensis, um inseto conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora. A transmissão ocorre exclusivamente através da picada deste mosquito, sem que haja registros de transmissão direta de pessoa para pessoa. Os sintomas apresentados pelos pacientes são febre, dor de cabeça e dores musculares, muito semelhantes aos de outras arboviroses, o que torna crucial um diagnóstico preciso para diferenciar entre essas doenças.
Apesar da atipicidade dos registros, pois a doença não é considerada endêmica na região, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado está realizando investigações complementares para compreender melhor a extensão e o impacto do surto. A Sesab informa que, até o momento, os casos não representam uma ameaça iminente à saúde pública.
No que tange ao tratamento, não existe um específico para a Febre do Oropouche. O foco está no alívio dos sintomas. A Sesab enfatiza a importância do diagnóstico laboratorial para o acompanhamento eficaz dos casos e destaca as ações de vigilância epidemiológica para monitorar a situação. Além disso, recomenda-se que a população mantenha medidas preventivas contra picadas de mosquitos, incluindo o uso de repelentes e roupas que protejam a maior parte do corpo e, se necessário, buscar orientação médica.
