Inicia-se nessa segunda (12/11) a 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental, um evento marcado pela resiliência e a determinação política. Organizada pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e o Departamento de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde, a conferência acontece em Brasília até a próxima quinta-feira (14), reunindo aproximadamente 2 mil participantes.
Este encontro nacional, que quase não se realizou devido a contratempos financeiros, tem como tema central “A política de Saúde Mental como Direito: pela defesa do cuidado em liberdade, rumo a avanços e garantia dos serviços de atenção psicossocial no SUS”. O objetivo é debater e propor diretrizes para a Política Nacional de Saúde Mental, enfatizando a importância de fortalecer programas e ações voltados para a saúde mental dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).
Dentre os tópicos a serem discutidos, destacam-se as comunidades terapêuticas, a internação compulsória e o cuidado em liberdade. Delegados eleitos nas etapas municipais e estaduais, além de 160 representantes de conferências livres, incluindo a 1ª Conferência Livre Nacional de Saúde Mental da População Negra e a Conferência Livre Nacional do Fórum Nacional das Centrais Sindicais em Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, estão entre os participantes.
A conferência representa um importante capítulo na história das políticas públicas de saúde mental no Brasil. Desde a primeira conferência em 1987, que estabeleceu um marco na psiquiatria brasileira, até a quarta conferência em 2010, que reconheceu os avanços e desafios na implementação da Lei 10.216/2001, esses encontros têm sido fundamentais na construção e reformulação das políticas de saúde mental.
O CNS reafirma a importância dessas conferências na história do país, salientando seu papel na construção de políticas públicas que abordam saúde e doença como um processo integral, promovendo um tratamento digno e abrangente para a saúde mental.
