O aumento de casos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Brasil está virando uma preocupação nacional. Segundo dados do Censo Escolar, houve um incremento de 280% entre 2017 e 2021 no número de estudantes com TEA matriculados nas escolas brasileiras, tanto públicas quanto privadas. Com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontando para até dois milhões de casos de autismo no país, fica claro que é hora de agir.
Uma rede de atendimento insuficiente
Em Salvador, por exemplo, o Centro de Referência Estadual para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (CRE-TEA) já não consegue atender à crescente demanda. Isso impulsionou o anúncio do Governo do Estado da Bahia para a construção de 15 novos Centros Especializados de Reabilitação (CERs), focados exclusivamente em pessoas neurodivergentes.
O impacto do diagnóstico precoce
Iara de Menezes Pereira, psicóloga e mãe de uma criança com TEA, ressalta a importância de um diagnóstico precoce para o melhor desenvolvimento das crianças. Ivan Araújo, psiquiatra especialista em infância e adolescência, também chama a atenção para a importância dos novos CERs. Segundo ele, “o objetivo é criar um plano de vida para essas pessoas e não apenas um mero plano de sobrevivência”.