A Bahia está enfrentando uma séria crise de saúde pública devido ao surto de dengue, com 17 mortes confirmadas e um aumento significativo de cidades em estado de epidemia, totalizando 272. Este ano, o estado registrou um aumento assustador de casos prováveis da doença, saltando para 62.478 até meados de março, um crescimento de mais de 400% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando foram contabilizados 12.479 casos.
Apesar da gravidade da situação, o estado da Bahia registra um dos menores índices de letalidade por dengue no Brasil, com uma taxa de aproximadamente 1,47%, inferior à média nacional de 3,09%. Este índice é calculado com base nos casos notificados que evoluem para formas graves da doença.
A maioria das mortes ocorreu em cidades como Jacaraci, Piripá e Vitória da Conquista, entre outras. Além disso, o estado reportou dois óbitos devido à chikungunya e um aumento nos casos prováveis desta doença e da zika.
Frente a esta crise, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) está implementando medidas para combater a disseminação da dengue. Entre as ações está a expansão do horário de funcionamento das unidades básicas de saúde, visando oferecer atendimento adequado aos afetados. A Sesab também tem investido em equipamentos e treinamento para combate ao vetor, incluindo a compra de novos veículos para fumacê e kits para agentes de endemias, além de promover mutirões de limpeza e distribuir medicamentos.
A secretária da Saúde, Roberta Santana, enfatizou a importância da participação da população no combate aos focos do mosquito transmissor e na vacinação contra a dengue, que tem avançado lentamente, especialmente entre os adolescentes, grupo mais afetado segundo estudos recentes.