Salvador, BA – Os números não mentem: a produção industrial da Bahia está em ascensão. Em abril deste ano, o setor registrou um crescimento de 1,1%, uma melhora significativa comparado ao aumento de 0,8% do mesmo mês no ano anterior, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os números de Abril
Com cinco dos onze setores pesquisados apresentando desenvolvimento em sua produção, abril foi um mês de progresso para a indústria baiana. Derivados de petróleo (15,8%) foi o setor que teve a principal influência positiva neste período, em grande parte graças à maior fabricação de óleo diesel, gasolina e querosene de aviação.
Outros segmentos que exibiram resultados positivos incluem metalurgia (31,7%), produtos alimentícios (8,3%), couro, artigos para viagem e calçados (7,8%) e minerais não metálicos (1,2%). No entanto, nem todos os setores desfrutaram de tal sucesso. O setor de extração, por exemplo, registrou a maior contribuição negativa (-42,4%), principalmente devido à queda na produção de óleos brutos de petróleo e gás natural.
O primeiro quadrimestre de 2023
No entanto, o panorama não é totalmente otimista. Nos primeiros quatro meses de 2023, a produção industrial baiana sofreu uma queda de 3,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Seis dos onze segmentos da indústria contribuíram para essa queda, liderados pelo setor extrativo (-43,9%), que registrou a maior contribuição negativa.
Em contrapartida, o segmento de produtos alimentícios (6,8%) liderou as contribuições positivas, impulsionado pela maior produção de leite em pó, manteiga de cacau e carne de bovinos. Outros segmentos com desempenho positivo foram metalurgia (9,5%), derivados de petróleo (1,1%), bebidas (5,9%) e couro, artigos para viagem e calçados (0,1%).
Um comparativo diante dos últimos 12 meses
Olhando para o indicador acumulado dos últimos doze meses, a produção industrial da Bahia apresenta uma queda de 0,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Seis dos onze segmentos da indústria contribuíram para essa queda, com o segmento de extração (-25,6%) fazendo a maior contribuição negativa.
Por outro lado, o segmento de derivados de petróleo (8,8%) foi o que exerceu a maior influência positiva no período. Também foram observados resultados positivos nos segmentos de celulose, papel e produtos de papel (0,4%), minerais não metálicos (3,9%) e bebidas (1,3%).
As oscilações são evidentes, mas a produção industrial da Bahia mostra sinais de resistência. Os próximos meses serão cruciais para determinar a direção que a indústria baiana seguirá em um cenário econômico cada vez mais competitivo. Com sorte, os números continuarão a subir, proporcionando um futuro mais próspero para a indústria da Bahia.